São Lucas Evangelista - 18 de Outubro
Lucas nasceu em Antioquia da Síria. A Tradição da Igreja o coloca como
autor do terceiro evangelho e dos Atos dos Apóstolos. Citando o nome dele na
Carta aos Colossenses (4,14) escreveu São Paulo: "Saúda-vos Lucas, o
caríssimo médico."
Convertido, ele acompanhou São Paulo
em sua segunda viagem missionária. Ele foi citado por São Paulo três vezes em
suas cartas: Colossenses, Timóteo e Filêmon. Quando o próprio Lucas escreve em
Atos dos Apóstolos, em algumas passagens ele usa os verbos na primeira pessoal
do plural, indicando que fazia parte do grupo de pessoas que viajava com São
Paulo.
Foi amigo fiel de São Paulo até o fim, na prisão e nos tribunais. Lucas
nunca saiu do seu lado. São Paulo escreveu em 2Timóteo 4, 11: "Só Lucas está comigo."
Lucas escreveu pensando nas comunidades cristãs mais relacionadas com
São Paulo. Eram comunidades urbanas, formada de ricos e pobres, e onde as
mulheres atuavam destacadamente.
Certamente por isso apenas Lucas fala da ovelha perdida, do bom
samaritano, do pai misericordioso, do pobre Lázaro, do homem rico que morreu e
da promessa ao bom ladrão. Só ele escreveu sobre a Anunciação, a Visitação e
detalhes do nascimento de Jesus. Somente ele fala de Marta e Maria, da pecadora
arrependida, da mulher que procura a moeda perdida, da mulher encurvada.
Finalmente a passagem dos discípulos
de Emaús parece retratar tais comunidades talvez por volta dos anos 80, tomadas
por abatimentos e cansaços, que poderiam ser superados pela fé em Cristo
ressuscitado.
Na arte litúrgica da igreja ele é mostrado com um
machado e as vezes mostrado pintando o retrato da Virgem Maria. O símbolo de
São Lucas como evangelista é o touro, um dos quatro animais da visão de
Ezequiel, porque seu evangelho começa falando do sacerdócio de Zacarias, cuja
incumbência, como ministro do altar, era oferecer a Deus as vítimas, entre as
quais o boi figurava em primeiro lugar.
Há incertezas sobre as circunstâncias de sua morte.
São Jerônimo disse que ele se dedicou à vida apostólica até os 84 anos.
São Lucas começa o Evangelho nos seguintes termos: "Visto que muitos já empreenderam por em ordem a narração das
coisas que entre nós se cumpriram, como no-las referiram os que,
desde o princípio, as viram, e foram ministros da palavra; pareceu-me bom
também a mim, excelentíssimo Teófilo, depois de ter investigado diligentemente
tudo desde o princípio, escrever-te por ordem a sua narração para que conheças
a verdade daquelas coisas em que foste instruído.
O Evangelho de São Lucas é como que, o primeiro livro da sua história; os Atos dos Apóstolos constituem o segundo. Por isso, diz no prefácio dos Atos:"Na primeira narração, ó Teófilo, falei de todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, até ao dia em que, tendo dado preceitos por meio do Espírito Santo aos Apóstolos que tinha escolhido, foi arrebatado ao céu; aos quais também se manifestou vivo, depois da sua Paixão, com muitas provas de que vivia, aparecendo-lhes por quarenta dias, e falando do reino de Deus. E, estando à mesa com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual ouvistes da minha boca; porque João na verdade batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo."
O Evangelho de São Lucas é como que, o primeiro livro da sua história; os Atos dos Apóstolos constituem o segundo. Por isso, diz no prefácio dos Atos:"Na primeira narração, ó Teófilo, falei de todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar, até ao dia em que, tendo dado preceitos por meio do Espírito Santo aos Apóstolos que tinha escolhido, foi arrebatado ao céu; aos quais também se manifestou vivo, depois da sua Paixão, com muitas provas de que vivia, aparecendo-lhes por quarenta dias, e falando do reino de Deus. E, estando à mesa com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual ouvistes da minha boca; porque João na verdade batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo."
Tal é, de acordo com o próprio São Lucas, o
conjunto dos dois livros da sua autoria. Quanto ao primeiro, que
compreende a história de Jesus Cristo até à sua Ascensão, nem a todos os fatos
testemunhou, mas deles ouviu a narração da boca das pessoas que viram Jesus
Cristo com os próprios olhos e viveram na sua intimidade. Entre essas
testemunhas oculares, inclui-se a Santa Virgem em relação à vida
privada do Salvador, e os apóstolos em relação à sua vida pública. Na vida
oculta do Salvador se encontra a aparição do anjo Gabriel ao sacerdote Zacarias
no santuário do Templo; a revelação de que nasceria de sua mulher Isabel um
filho que seria o precursor do Messias; a aparição do anjo do Gabriel a Maria,
na casa de Nazaré; a comunicação que ela conceberia do Espírito Santo e daria à
luz o próprio Messias, que seria chamado Jesus: a visita de Maria à sua prima
Isabel, que nela reconheceu a Mãe do seu Senhor; o Magnificat ou Cântico de
Maria para bendizer Deus pelas grandes coisas que operaria nela e por ela; o
nascimento de João Batista, o milagre de seu pai Zacarias, que recobrou a
palavra para celebrar no Benedictus as misericórdias de Deus de Israel sobre os
homens, em particular sobre a criança que acabava de nascer; a viagem da santa
família de Nazaré, o nascimento do Salvador num estábulo; os anjos que o
anunciam aos pastores e cantam a Glória in Excelsis; os pastores que vem
adorá-lo no presépio; o nome de Jesus, que lhe foi dado no dia da Circuncisão;
a apresentação ao templo, onde é resgatado por duas rolas e reconhecido pelo
santo velho Simeão, que canta o Nume Dimitris; a peregrinação ao templo de
Jerusalém com a idade de doze anos; sua permanência no templo, a volta a
Nazaré, onde está sujeito a Maria e a José. São Lucas teve conhecimento pela
própria boca da santa Virgem de todos esses divinos mistérios, cuja contemplação
transporta de júbilo os anjos. É como se ela mesma os narrQuanto
à vida pública do Salvador, nem os evangelistas, nem os apóstolos a relataram
inteiramente. O próprio São João diz no fim do seu Evangelho: "Muitas coisas há que
fez Jesus, as quais, se fossem descritas uma por uma, creio que nem no mundo
todo poderiam caber os livros que seria preciso escrever. O que cada um dos
evangelistas escreveu basta, não simplesmente para fazer-nos
conhecer, mas, de acordo com a expressão do texto original de São Lucas, para
fazer-nos superconhecer a verdade, a exatidão das coisas que já conhecemos de
maneira certa através do ensinamento oral da Igreja. Eis alguns tocantes
episódios que devemos a São Lucas:
A história da pecadora que vai à casa do
fariseu Simeão prosternar-se aos pés do Salvador, regá-los em lágrimas, e a
quem é concedida a remissão dos pecados; a cura de Hemorroisse por haver tocado
a fímbria do seu vestido, e a ressurreição da filha de Jair; a caridade do
Samaritano; a parábola do filho pródigo; a história do mau rico e do pobre
Lázaro; a oração do fariseu e a do publicano, a conversão pública de Zacarias,
que o recebeu na sua casa, e que dá aos pobres a metade de seus bens.São Lucas conhecia esses episódios por intermédio daqueles que os tinham
testemunhado com seus olhos e ouvidos; pois não pertencia ao número dos
primeiros discípulos do Salvador, nem mesmo era judeu de origem, e sim, grego de Antioquia. Foi em grego que escrevei o Evangelho e os Atos dos
Apóstolos; seu estilo lembra a elegante simplicidade de Xenofonte e Heródoto.
De resto, um escritor inglês demonstrou que muitas locuções da Bíblia, em
particular do Novo Testamento, consideradas hebraísmos, barbarismos, solecismos
por certos críticos, são locuções próprias dos poetas e historiadores clássicos
dos gregos. Teófilo, a quem São Lucas dedica seus dois livros, e ao qual dá o
título de Excelente ou Excelência, parece ter sido cristão de alta posição
social.
Os Atos dos Apóstolos, iniciados por São Lucas com a Ascensão de Jesus Cristo, mostram-nos os discípulos e os apóstolos reunidos no cenáculo, cm Maria, Mãe de Jesus; São Pedro fazendo, pela primeira vez, uso da sua autoridade de Vigário de Jesus Cristo e de Chefe da Igreja, na eleição de um novo apóstolo para substituir Judas, o traidor; o Espírito Santo descendo sobre os apóstolos e os discípulos no dia de Pentecostes; São Pedro convertendo três mil almas com uma única pregação, curando um coxo de nascimento, e convertendo cinco mil almas; Pedro e João encarcerados; sua perseverança; nova efusão do Espírito Santo; vida edificante dos primeiros cristãos; Barnabé vende seu campo e dá o dinheiro aos pobres; punição de Ananias e Safira por terem mantido a São Pedro; curas operadas pelos apóstolos, a popularidade dos mesmos apóstolos; a prisão e conseqüente libertação dos apóstolos por um anjo; discurso de Gamaliel no sinédrio; os apóstolos espancados com varas; eleição dos sete diáconos; zelo e poder de Estevão, seu martírio; perseguição dos fiéis; o diácono Filipe na Samaria; Simão, o mágico; o eunuco da rainha Candança batizado por Filipe; conversão de São Paulo; paz na Igreja; Pedro cura o paralítico Enéias, ressuscita a viúva Tabita e batiza o centurião Cornélio, primícias dos gentios; martírio de São Tiago; Pedro libertado da prisão por um anjo; primeiro concílio de Jerusalém, presidido por São Pedro. Na continuação dos Atos São Lucas fala quase só de São Paulo, de quem foi companheiro inseparável, e termina o livro com a prisão desse apóstolo, em Roma.
São Paulo, refere-se várias vezes a São Lucas como a seu fiel cooperador. Saúda os cristãos de Colosso da parte de Lucas, médico, que lhe é muito caro. Alguns escritores antigos também atribuem a este último a qualidade de pintor. São Paulo enviou-o com Tito a Corinto. Depois da morte do Apóstolo, São Lucas pregou o Evangelho em diversos países, entre outros, na Gália. Um antigo martirológio lhe confere os títulos de evangelistas e de mártir. Encerrou a longa carreira na Bitínia, ou, de acordo com outros, na Acaia. Suas relíquias foram transportadas para Constantinopla, e de lá para Pádua.
Os Atos dos Apóstolos, iniciados por São Lucas com a Ascensão de Jesus Cristo, mostram-nos os discípulos e os apóstolos reunidos no cenáculo, cm Maria, Mãe de Jesus; São Pedro fazendo, pela primeira vez, uso da sua autoridade de Vigário de Jesus Cristo e de Chefe da Igreja, na eleição de um novo apóstolo para substituir Judas, o traidor; o Espírito Santo descendo sobre os apóstolos e os discípulos no dia de Pentecostes; São Pedro convertendo três mil almas com uma única pregação, curando um coxo de nascimento, e convertendo cinco mil almas; Pedro e João encarcerados; sua perseverança; nova efusão do Espírito Santo; vida edificante dos primeiros cristãos; Barnabé vende seu campo e dá o dinheiro aos pobres; punição de Ananias e Safira por terem mantido a São Pedro; curas operadas pelos apóstolos, a popularidade dos mesmos apóstolos; a prisão e conseqüente libertação dos apóstolos por um anjo; discurso de Gamaliel no sinédrio; os apóstolos espancados com varas; eleição dos sete diáconos; zelo e poder de Estevão, seu martírio; perseguição dos fiéis; o diácono Filipe na Samaria; Simão, o mágico; o eunuco da rainha Candança batizado por Filipe; conversão de São Paulo; paz na Igreja; Pedro cura o paralítico Enéias, ressuscita a viúva Tabita e batiza o centurião Cornélio, primícias dos gentios; martírio de São Tiago; Pedro libertado da prisão por um anjo; primeiro concílio de Jerusalém, presidido por São Pedro. Na continuação dos Atos São Lucas fala quase só de São Paulo, de quem foi companheiro inseparável, e termina o livro com a prisão desse apóstolo, em Roma.
São Paulo, refere-se várias vezes a São Lucas como a seu fiel cooperador. Saúda os cristãos de Colosso da parte de Lucas, médico, que lhe é muito caro. Alguns escritores antigos também atribuem a este último a qualidade de pintor. São Paulo enviou-o com Tito a Corinto. Depois da morte do Apóstolo, São Lucas pregou o Evangelho em diversos países, entre outros, na Gália. Um antigo martirológio lhe confere os títulos de evangelistas e de mártir. Encerrou a longa carreira na Bitínia, ou, de acordo com outros, na Acaia. Suas relíquias foram transportadas para Constantinopla, e de lá para Pádua.
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